terça-feira, 12 de março de 2019

MEDITAÇÃO DA CAMINHADA NOTURNA




Esta é uma meditação ativa que tenho o hábito de praticar e que me auxilia em muitos processos energéticos. Ela consiste basicamente numa pequena caminhada descalço de preferência em um ambiente natural durante a noite.

É importante checar primeiramente se o local em questão é seguro (livre de perigo ou de animais peçonhentos) e se é energeticamente puro (pode-se ter uma noção sabendo quais atividades são feitas neste ambiente ou usando a sua sensibilidade energética). 

A caminhada poderá ser feita de forma circular, o que já nos remete a um símbolo universal de proteção e de renovação. A importância de ela ser feita com os pés descalços é justamente para que os nossos chacras dos pés se conectem direta e naturalmente com a Terra.

A direção da caminhada pode variar com o propósito que se tem em mente: se você deseja aplicar o princípio da criação, recomendo o sentido horário, mas se deseja aplicar o princípio da transformação, recomendo o sentido anti-horário.

Além da conexão com a Terra, esta caminhada nos ajuda a se conectar com a Lua, já que é realizada durante a noite. Durante a noite, ao contrário do dia, o ar está carregado de prana negativo (energia yin, que não tem nada a ver com negatividade no sentido de ruim) já que ele é magnetizado pela Lua.

Para potencializar a captação do prana negativo, você pode fazer um exercício de respiração profunda e controlada (pranayama/kumbhaka) enquanto caminha e também visualiza o seu carregamento com ele.

A cada inspiração você pode visualizar a captação de prana negativo do ar, e a cada expiração poderá visualizar que está trocando energia com a Terra, desfazendo-se de cargas potencialmente prejudiciais.

Assim este exercício nos ajuda a nos conectar com a energia Yin para desenvolver o magnetismo, purificar as energias absorvidas, e promover o nosso aterramento. Dessa forma nos tornamos mais presentes, estáveis, confiantes e renovados energeticamente, além de equilibrarmos o nosso chacra raíz.

Para as mulheres é um exercício que pode favorecer a sua conexão com as forças telúricas e lunares, o que é imprescindível para o desenvolvimento do seu poder pessoal, e para os homens além de ser uma maneira de trabalhar o seu lado Yin (já que todos temos as duas energias) é um bom exercício de purificação energética, já que os homens não tem o dom natural que as mulheres tem de renovar as energias através da menstruação.  

Você pode começar fazendo cerca de 10 minutos de caminhada, e conforme se acostumar pode aumentar o tempo gradativamente. Este exercício poderá ser feito em qualquer fase da Lua, especialmente na Lua Nova, para introspecção e inspiração, e na Lua Cheia, para trabalhar o magnetismo pessoal.

No final da caminhada, é recomendável um banho de ducha natural, pois a água doce além de auxiliar na purificação também recarrega as nossas energias. Você poderá visualizar que renova as suas forças através do banho, e também deixar a água da ducha cair por cerca de 3 minutos na base da nuca. Assim fortalecemos também a conexão com o elemento água e as suas propriedades. Boas Práticas!

Sol Rhui



sexta-feira, 8 de março de 2019

LUNIVIDENCIA, NUMEROLOGIA, ASTROLOGIA E CARTOMANCIA




O Lunividencia começou a princípio como um sistema simples de cartomancia composto por 12 cartas representadas basicamente por 12 animais diferentes. O nome Lunividencia (vidência da Lua) veio igualmente por inspiração e batizou o novo sistema oracular.

Foi quando eu tive as primeiras inspirações de fórmulas numerológicas relativas às lunas (cartas do Lunividencia). Fórmulas estas que já estavam diretamente relacionadas aos arquétipos dos planetas astrológicos (como o cálculo do sol na luna pessoal e da lua que já está disponível no meu outro blog Lunividencia).

Daí comecei a estudar numerologia e alguns conceitos fundamentais de astrologia para poder aplicar as fórmulas que foram inspiradas. E então comecei a testar em várias pessoas conhecidas e desconhecidas com leituras de personalidade e autoconhecimento e a resposta foi muita assertividade.

Logo incorporei a mandala astrológica para as leituras de autoconhecimento do Lunividencia também, mas não uma simples mandala composta somente de casas astrológicas, mas utilizei outros recursos como planetas (exceto o Fósforo que é uma particularidade do sistema) e todos os dados natais coletados para a criação da mandala são calculados numerologicamente.

É difícil definir o que é o Lunividencia de maneira mais objetiva, especialmente sem causar polêmicas, já que tudo que é novo assusta e suscita questionamentos. Porém eu poderia resumir que o Lunividencia começou como um sistema de cartomancia e evoluiu para um sistema numerológico que se conecta com a astrologia.

Atualmente temos vários sistemas numerológicos, para citar alguns, temos o mais conhecido que é a numerologia pitagórica, temos também a numerologia cabalística e para citar outro temos também a numerologia nórdica ou rúnica (que se baseia no valor numerológico das runas).

Cada um possui as suas próprias correspondências numerológicas, mas guardam a semelhança de atribuir significado arquetípico a cada número e correlacioná-los às letras do alfabeto (o que ocorre também com o Lunividencia).

No começo eu até achei que uma possível conexão entre a numerologia e a astrologia fosse novidade, quando numa pesquisa eu descobri um sistema numerológico antigo da Índia chamado de Katapayadi, que une em um só sistema tanto a numerologia como a astrologia. Claro que as correspondências numerológicas deste sistema são totalmente diferentes da nossa ocidental (eles consideram o valor numérico das sílabas) e a sua conexão certamente é com a astrologia védica (e não a ocidental).

 Apesar da semelhança de princípios, o Lunividencia possue correspondências completamente diferentes do sistema indiano, aproximando-se mais da numerologia pitagórica ocidental (com a diferença que a base desta são os números de 1 a 9 (e os números mestres), enquanto o Lunividencia usa como base os números de 1 a 12 correspondente às 12 lunas.

A grande diferença é que o sistema astronumerológico do Katapayadi realmente considera os signos da astrologia (védica) na interpretação, enquanto o Lunividencia substitui os 12 signos astrológicos pelas 12 lunas originais do sistema. Porém permanece utilizando o significado (baseados na astrologia ocidental, mas com adaptações para o sistema) das  casas, planetas, comutações e atualmente tenho estudado sobre os aspectos dentro da mandala astrológica usada no Lunividencia.

Dessa forma é possível utilizar as cartas do Lunividencia em jogadas de cartomancia e também utilizá-las como símbolos arquetípicos dentro do mapa natal, no qual cada uma recebe uma correspondência numerológica junto com todos os outros elementos (casas, planetas, etc..) que são calculados e combinados para formar o mapa natal.

Então o Lunividencia tem correlações com esses três campos: cartomancia, numerologia e astrologia, porém prefiro classificá-lo como um sistema oracular próprio que utiliza conhecimentos de várias áreas como uma interdisciplinaridade para se tornar mais completo. Assim tento minimizar as rivalidades e polêmicas já existentes, bem como trago neste artigo que não é nenhuma novidade a correlação entre mais de uma área de saber oculto.

Então é preciso entender que o Lunividencia não é numerologia pitagórica, nem cabalista nem oriental, tampouco astrologia, mas é um sistema próprio que foi e é enriquecido por estes sistemas (e outros). 

Muita gente confunde a mandala ou mapa natal do Lunividencia com mapa astral, mas não é a mesma coisa, o mapa astral pertence à astrologia. Apesar do mapa natal do Lunividencia ser baseado na mandala astrológica ocidental (que também pode ser incorporada à leitura de tarot ou de runas) ele pertence a um sistema à parte e que apesar das semelhanças, também tem as suas particularidades e diferenças.

As leituras do mapa natal tem tido assertividade e é um sistema válido como qualquer outro, eu realmente não entendo porque tanta divisão e rivalidade entre expoentes de diferentes artes e ciências oraculares se todas são válidas e são formas diferentes de analisar e interpretar a mesma coisa.

Portanto fiz este post para tentar acabar com qualquer dúvidas restantes e esclarecer também que como o nome já diz (Lunividencia), não importa se ele é utilizado como cartomancia ou numa mandala natal, a capacidade clarividente do intérprete é que dará a tônica da leitura. 


Recapitulando o Lunividencia é um sistema oracular novo e em processo de construção que agrega conhecimentos de diferentes saberes ocultos, sem perder a sua individualidade, portanto mapa natal é uma coisa, mapa astral é outra, mapa numerológico é outra coisa, mas todos usam recursos diferentes para acessar o autoconhecimento de maneiras distintas. A escolha vai da afinidade, compatibilidade e crenças de cada um.

Como eu tenho consciência de que só atendo quem eu tenho condições de ajudar não me incomodo de deixar os meus leitores livres para escolher o que é melhor para eles e o que eles acreditam, pois acredito que há espaço para todos e existem centenas de sistemas oraculares para todos os gostos e afinidades. 

Sol Rhui



terça-feira, 5 de março de 2019

ENTREVISTA DE FERNANDO SILVA SOBRE TAROT MEDIEVAL E ORÁCULOS POR SOL RHUI




ENTREVISTA DE FERNANDO SILVA SOBRE TAROT MEDIEVAL POR SOL RHUI 

1) Sol Rhui: Fale-nos um pouco sobre o tarot medieval e o seu trabalho com este oráculo 

Dentre vários tipos de tarot, temos os de tipo medieval, a qual poderíamos citar vários num subsegmento, tendo cada qual seu artista e seu simbolismo oculto, mas que profundamente estão relacionados por um padrão de simbologia iniciática. Temos os tarots que realmente nasceram de uma época da Europa medieval, bem como temos tarots modernos que usam a sua parte artística inspirada na arte medieval. Importante fazer essa diferenciação pois na modernidade temos 2 interpretações distintas entre as correspondências cabalísticas no que tange aos arcanos maiores. O intuito aqui não é colocar uma como certa outra como errada, mas destacar que essa evolução na interpretação só se deu explicitamente no ocultismo moderno. 

Tendo explicado essa questão o tarot que uso é o de Giovanni Vachetta, e aqui confesso que o nome medieval é muito mais atrativo do que renascentista que é sua natureza de fato. Esse tarot é inspirado em simbologia do contexto medieval tal como citei acima, tem sua tradicionalidade ainda ligada a primeira interpretação da correspondência hebraica, porem seu artista, concebeu a obra no final do século XIX, sendo bem distante de uma cosmovisão medieval de fato. Entendendo que as adaptações se fazem necessárias para compreensão melhor do publico geral adotei essa roupagem de “medieval”. 

Esse tarot segue como todos outros tarots com a mesma temática, o padrão de símbolos já citado alterando apenas a imagem da figura da carta, mas mantendo a forma pensamento oculta intacta. Essa questão de diferenciação é que enriquece o mundo do tarot, independente das interpretações cada qual se enquadra no mesmo sistema que é sutil, abstrato, e tão assertivo ao mesmo tempo. 

O meu uso com ele está relacionado a leituras que faço a distância, e particulares, previsões, conselhos, direcionamentos quanto ao que está escondido ou oculto. Prefiro adota-lo pessoalmente como guia iniciático, e quando tenho oportunidade demonstrar a mesma possibilidade de leitura a outros que tenham interesse de aprender esse conhecimento por conta própria. 

2) Sol Rhui: Você já usou outros tipos de tarots ou oráculos? O que você acha que mais diferencia o tarot medieval dos outros oráculos? 

Nunca fiz o uso de outro tarot, tenho algo particular quanto a energia confiança que esse me passa. Tenho um carinho especial devido ao fato de ter adquirido a muito tempo, apesar de tê-lo comprado, o fiz de um artista que o desenhou a mão especialmente para minha pessoa, e o fez com bastante cuidado e esmero. Acredito que invariavelmente isso potencializa-o frente a qualquer outro. Não os desmereço e acredite em breve farei estudo de outros, mas fico feliz com o que chegou até minha pessoa. Também nunca usei outro oráculo, apesar de conhecer numerologia, confesso que em minhas leituras de tarot também faço o uso da mesma quando necessário. Eu acredito na ciência oculta explicita nos seus símbolos, mas também acredito que é necessário ter olho treinado para identificar isso. A verdade é que considero grande parte dos oráculos simples muletas para se observar a verdade, mas somos imbuídos de espírito investigativo dado determinadas motivações, o tarot é a minha. Ainda acredito que sua ligação com outros sistemas o faz uma espécie de elo forte da corrente oracular, envolvendo conhecimentos de cabala numerologia entre outros muito significantes para os esoteristas ocidentais. E ainda sua ligação histórica com a medievalidade a qual teve grande difusão primeiramente como um simples jogo de cartas, e aqui de diferentes padrões... foi somente tempos depois que recebeu seu espaço dentro da filosofia oculta. 

3) Sol Rhui: A prática do tarot e a criação do tarot medieval guarda alguma relação com os templários? 


Não diretamente, mais por uma convenção social propriamente dito. Vendo a época em que ambos ocupam na história, desde o mercador até os clérigos, os nobres e também os cavaleiros em algum momento tiveram contato com esse jogo. Entendendo que possivelmente a ideia de divinação e ressignificação das cartas tenha se dado séculos depois, não podemos descartar a hipótese que mesmo nessa época já haviam iniciados codificando tarots iniciáticos. O tarot tem relação intima com o ocultismo islâmico e hebreu, o contato de povos europeus na terra santa gerou sim uma mistura de conhecimentos que ficaram ocultos da maior parte da população em geral, então se pudéssemos falar em relação seria por contexto social muito mais do que uma relação causadora de fato. 



4) Sol Rhui: O que mais o impressiona no trabalho com oraculismo? 

De todas as perguntas feitas ao tarot, as que eu mais gosto de responder estão ligadas as coisas ocultas ou escondidas. Buscas espirituais de fato. As ligações do cotidiano revelam-se surpreendentes as vezes, mas quando algo escondido é revelado ou uma mentira exposta e eu consigo ver isso nas cartas e avisar o consulente eu sinto junto com o ele o mesmo alivio. 

Eu acho que essa capacidade de surpreender o descrente é a mais impressionante de todas. Por vezes eu mesmo sou cético, por vezes a leitura é tão evidente que nem precisa de interpretação, até o mais leigo pode entender. Essa evidencia é que impressiona, força a ser sincero, por mais que se busque meias palavras. O poder da egrégora oracular agindo de forma misteriosa, que apesar de esperada sempre impacta no resultado. 

5) Sol Rhui: Quais atributos e virtudes você acha que a senda oracular desenvolve? 

Eu poderia simplificar dizendo que desenvolve a intuição, a introspecção e a dedução. Isso como um atributo superficial a primeira vista, como virtudes a linha é bem mais tênue. Para falar primeiro em virtude preciso contextualizar os vícios que isso pode ocasionar. Em reflexão junto ao ego exacerbado de muitos acertos que podem levar a uma desilusão quanto a propriedade oracular inata de cada um. Isso não é um jogo para si mesmo, envolve uma significação única no momento de cada consulta que continua reverberando na vida de cada consulente. Esse respeito nos remete a um segundo ponto onde é, saber separar o que é ajuda do que é consulta. Outro vicio a ser trabalhado é o da ganancia, ser escravo do próprio poder oracular e do seu resultado. E dentro ainda desse perigo de enaltecer o ego, criar a dependência, ter servos. Toda leitura deve ser em si um momento para libertar as amarras, não de criar mais. É possível dar o direcionamento se a pessoa possui o conhecimento para isso sem cobrar mais nada e sem marcar outra consulta, ajudar de fato seu consulente.
Tendo posto isso, usando agora de analogia dos contrários, podemos chegar a síntese das virtudes que o tarot desenvolve... a não pratica de tudo que já foi citado. Como disse essa linha é muito tênue, uma vez que se esforce para entender o sistema e emprega-lo uma vez obtendo sucessos em seus experimentos de leitura é fácil precipitar-se num abismo de egoísmo profundo. Porem tendo vencido esse perigo, obtem-se uma chave de interpretação das ciências ocultas muito útil. Desenvolve-se a temperança como virtude numero um, entendendo o que é excesso e limite dentro das leis universais, desenvolve a fortaleza dando segurança na interpretação espiritual da vida, e a diligencia que faz entender que cada coisa tem seu tempo e seu ritmo não havendo porque de ansiedade. 

6) Sol Rhui: Há quanto tempo você estuda sobre a espiritualidade, e por quanto tempo já estuda e pratica oraculismo? 

Eu estudo o tema desde os meus 14 anos, isso começou mais como algo me incomodava profundamente muito mais do que a outras pessoas. Eu simplesmente não me contentava com as mesmas respostas postas pela tradição em todos os nichos. Assim fiz o que qualquer inquieto faria, fui atrás, primeiro lendo livros e questionando sendo cada vez mais cético e impertinente. Esse caminho me conduziu a vários caminhos diferenciados, mas quase todos dentro do mesmo sistema de ocultismo ocidental. A pratica do oraculismo se deu tempos depois, aproximadamente nos meus 20 anos de idade, tive contato com pessoas da área em que participei de consultas e tive oportunidade de fazer estudos. Como já estava estudando ocultismo bem antes disso, me foi mais fácil absorver a ideia em si do tarot e emprega-lo primeiramente na interpretação da minha própria espiritualidade e depois em consultas pessoais. 

7) Sol Rhui: Você acredita que os estudos (tanto pessoais como por meio de cursos ou adquiridos em grupos ou ordens) e a experiência em determinada prática mágica (tal como oraculismo) fazem a diferença? Por quê? 

Sim acredito que podem fazer diferença tanto para bem quanto para mal. Veja é importante esclarecer que existe um conceito oculto posto na código das cartas. É complexo por em palavras, mas isso precisa ser respeitado, pelo menos observado nas suas abstrações. Tendo isso em vista é necessário que o curso por exemplo seja dado por aquele que consegue ver essas interpretações independente do tarot que tenha em mãos. Parece uma tarefa impossível, e hoje com a infinidade de tarots que possuímos realmente o é. Mas esse esforço deve ser observado profundamente. É o que define a influencia boa de ruim. Se for um cego a guiar o estudante ambos irão para o abismo, nesse sentido é bom que o estudante primeiro estude coisas mais simples a respeito de simbologia oculta e hermetismo por exemplo, para calçar-se e conseguir separar o joio do trigo. 

8) Sol Rhui: Você segue ou já seguiu algum caminho espiritual específico? Qual? 

Sou nascido na tradição judaico-cristã de família. Acredito que tradicionalmente não deva negar minha raiz e seguindo o que preza os conselhos de ocultistas anteriores é não abandone sua raiz religiosa, mas compreenda-a verdadeiramente livre de dogmas. Dado isso não sigo organizações não devo responsabilidades com qualquer ordem, já frequentei e fiz parte em outros momentos da minha vida a qual me desenvolveram grandemente no caminho da espiritualidade, mas atualmente busco no caminho do eremita. Nesse sentido, gosto de pensar que sou uma espécie de cristão não aos moldes da tradição, mas por convicção de meus próprios estudos. E dizendo isso eu realmente busco ser radical em minhas interpretações e cientifico suficiente para admitir o inverso do que já esta socialmente concebido. Assim minha senda espiritual é iniciática, não tendo vínculos com homens ou grupos, puramente individual mas com o todo ao mesmo tempo. É mais como uma consciência que depois de desperta não pude mais nega-la e que tenho que alimenta-la frequentemente, porque a fome dela é minha fome. Uso então do que está já posto na mística e esoterismo ocidental, e em matéria de ocultismo é natural que se englobe inúmeros símbolos de distintas culturas, importando de fato os seus arquétipos. 

9) Sol Rhui: Você acredita que o trabalho com o oraculismo também traz desafios e responsabilidades? 

Sim de fato, é difícil fazer leituras tristes e arranjar palavras. De inicio pode parecer inocente mas como todo terapeuta também precisa de terapia. Nesse sentido há um peso de fato de responsabilidade e compromisso com o trabalho oracular. As vezes numa leitura pode-se destruir um sonho ou levar a uma ilusão futura desagradável. 

10) Sol Rhui: O que você aconselharia para quem está começando no caminho espiritual, especialmente no trabalho com oráculos? 

Muita meditação em cada símbolo e significado de seu oraculo. Seja la qual escolheu, dedique diariamente pelo menos 1 hora de meditação em cima de cada símbolo, faça anotações, o importante é a familiarização com as ideias ou formas pensamento e acessar a vibração conseguindo construir a manifestação que se espera. Estudo e dedicação séria, não tomando isso como mero objeto de brincadeira, pois ele pode abalar psicologicamente pessoas despreparadas, afastando aqui qualquer ideia de bruxaria ou espiritismo, simplesmente por se inventar uma ideia e dize-la sem propriedade a alguém que já esta com o emocional debilitado. Então o Tarot é uma ciência complexa, apesar de parecer simples aos olhos de quem consulta, ela surpreende muitas vezes dias depois da consulta fazendo a pessoa ou torcer o nariz ou te procurar novamente. O ultimo conselho tem haver com isso, tente não se envolver emocionalmente, aqui a separação é ainda mais sutil é de espirito e sentimento... isso pode evitar que o futuro tarólogo pegue as causas dos outros para si mesmo, lembre-se dos limites e excessos das leis universais.

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Fernando Silva é graduado em Letras e História, espiritualista e tarólogo, e atualmente escreve e desenvolve o seu trabalho no site Espiritualidade para Nova Era (cujo link está na nossa lista de sites recomendados aqui no blog).

Sol Rhui & Fernando Silva

segunda-feira, 4 de março de 2019

ENTREVISTA CONCEDIDA A DANIEL OLIVERPE POR SOL RHUI


1)      Sol Rhui: poderia nos falar um pouco sobre o seu livro Pergaminhos?

Daniel Oliverpe: Tenho um carinho especial por “Pergaminhos” (Editora Multifoco, 2012), não apenas por ser o primeiro livro que lancei em formato físico mas pelo que ele representa. Eu o lancei quando estava com 31 anos (hoje estou com 38) e, na época, fazia uns 5 ou 6 anos que eu havia começado a estudar Ocultismo. Antes de lançá-lo como livro eu havia postado todas as poesias que o compõe em um blog, meu primeiro blog que hoje já não existe mais pois o deletei quando lancei “Pergaminhos” como livro físico. A proposta de “Pergaminhos” era ser uma espécie de Arca onde eu depositaria um pouco de cada coisa que aprendi até então estudando Ocultismo e assuntos afins. Desta forma, em “Pergaminhos” eu apresentaria, de forma introdutória, algum conhecimento, sendo um conhecimento diferente a cada texto, no formato de poesia, e cada poesia apresentando um personagem diferente para ilustrar o conhecimento que eu queria de passar; estes personagens seriam deuses, xamãs, anjos, pretos-velhos, autores, magos, mitos, arquétipos e até mesmo Jesus Cristo, dentre outros; e, através destes “personagens”, eu contava histórias, e eles mesmos tinham vozes em cada uma destas poesias. Assim, eu busquei condensar em “Pergaminhos”, o máximo de conhecimento que eu pudesse em poesias que fossem as mais curtas possíveis de uma forma que a história não fosse comprometida. Cada poesia de “Pergaminhos” funciona em separado como uma história fechada por assim dizer, mas, se você ler do começo ao fim, terá uma história completa com começo, meio e fim ao longo das 23 poesias que o compõe. O livro é repleto de easter eggs, você pode ficar caçando as referências durante o livro todo, tudo funcionando como uma forma de divulgar algum conhecimento, seja nas homenagens que faço, no porque de cada coisa estar lá, até mesmo a quantidade de poesias (23), portanto divirta-se caçando cada coisa no livro (risos), pois cada coisa tem um motivo para estar lá. Posso destacar algumas coisas para aguçar a curiosidade daquele ou daquela que nos lê aqui: há um confronto entre o deus da Guerra Ares e Sun Tzu, autor de A Arte da Guerra, comandando um exército de Shinigamis (que são deuses da Morte); e há também um encontro entre Allan Kardec e Aleister Crowley no Umbral; destaco também os personagens principais da trama que são Hermes, como deus da Ordem, e Éris, como deusa do Caos. Basicamente, sobre a trama de “Pergaminhos”, há algo grandioso acontecendo, e este algo pode destruir todo o universo, cabendo aos heróis da história enfrentar esta ameaça. Mas acho que já falei demais até aqui (risos), convido a todos a lerem este meu pequeno grande livro [vamos lá, leiam, tem 70 páginas apenas (risos)]. Em meu blog estão algumas ilustrações que fiz baseadas neste meu livro, convido a todos também a conferirem estes desenhos, deixo aqui o link: https://ouniversodedanieloliverpe.blogspot.com/2019/02/pergaminhos-ilustrados.html .

2)       Sol Rhui: Por que você escolheu o nome “Pergaminhos” para a sua obra?

Daniel Oliverpe: Se eu contar o porque de se chamar “Pergaminhos” eu entrego o final da história (risos). Mas posso dizer que também é “Pergaminhos” porque cada poesia funciona como se fosse isso mesmo, um pergaminho, que a gente desenrola e lê seu conteúdo; você poderia colecioná-los na antiguidade e guardá-los em uma biblioteca como a de Alexandria (risos).

3)      Sol Rhui: O que mais o motivou para a composição da sua obra? Fale-nos sobre as possíveis influências da mitologia grega e do caoísmo no livro.

Daniel Oliverpe: Como disse, a ideia de “Pergaminhos” era condensar o máximo de conhecimento que eu tinha segundo minhas principais influências, e, dentre estas influências, estavam certamente a mitologia grega e o caoísmo (linhagem da magia do caos). Tem dois livros que são como bíblias para mim e que os juntei em minha cabeça de uma forma que funcionam em conjunto: O Caibalion e o Principia Discórdia. Vejo o Caibalion como um livro que trata de Ordem e o Principia como um livro que trata de Caos. Daí, como me considero alguém que caminha entre a Ordem e o Caos, a coisa acabou por funcionar em conjunto na minha cabeça de uma forma muito pessoal e que eu acho que só eu entendo esta forma (risos). Recomendo a leitura destes dois livros e que cada um tire suas próprias conclusões, pois o que expus aqui é apenas minha humilde visão. Vale destacar que além destas influências herméticas e caóticas, também estão presentes as mitologias nórdica e egípcia.

4)       Sol Rhui: Quando começou o seu contato com a arte poética e gráfica? Desde o começo os seus trabalhos artísticos sofreram influências da vertente místico-esotérica?

Daniel Oliverpe: Minha carreira na escrita começou quando deixei de ser evangélico, lá pelos meus 24, 25 anos. Eu seguia desde pequeno a igreja e isto, de certa forma, me deu um interesse pelas coisas espirituais. Mas eu me sentia fechado em um mundo muito limitado, precisava de mais, não enxergava mais que aquele caminho fazia algum sentido para mim. Foi quando deixei a igreja e passei a me interessar por ocultismo. Então se pode dizer que esta vertente mística-esotérica sempre esteve presente em tudo o que eu escrevia desde o começo, ao menos desde este recomeço. Não que eu não tivesse me interessado por artes desde muito antes, desde pequeno, pois desde pequeno eu vivia desenhando ou escrevendo alguma coisa, vivia criando gibizinhos. Afinal as histórias em quadrinhos é uma paixão de longa data para mim e eu buscava recriar tudo aquilo que eu lia nas histórias do Homem-Aranha e do Batman, mas criando meus próprios heróis. Claro que era de uma forma mais superficial. A maturidade veio quando comecei a escrever após ter deixado a igreja. Muito da minha maturidade também veio para mim quando descobri o espiritismo, vertente que sou muito simpático até hoje.

5)      Sol Rhui: Poderia nos falar sobre a influência do hermetismo presente em algumas das suas poesias?

Daniel Oliverpe: O hermetismo está sempre lá em minhas obras; é minha forma de lutar contra a Matrix, sabe? (risos) Aprender hermetismo te dá armas eficazes contra a ilusão que nos cerca, a ilusão que nos diz que não merecemos, que não podemos, mas, através de estudos herméticos, aprendemos que podemos sim, que merecemos sim; aprender hermetismo faz com que você seja um zumbi a menos a vagar sem saber o que faz aqui, de onde veio, para onde vai. Podemos dizer que a religiosidade ocidental deve a filosofia hermética pois, em cada vertente, há alguma coisa dela. Mas vejo que não é possível explicar exatamente o que é hermetismo, pois é algo que você precisa vivenciar; é como não fosse possível dizer o que é, mas você pode sentir o que é, o que, de fato, é o mais importante, sentir. Deixo aqui uma poesia que fiz recentemente sobre hermetismo, que a chamei simplesmente de “Hermetismo”: Sete são as Leis. / Há a Lei do Mentalismo, a da Correspondência, / a da Vibração, a da Polaridade, a do Ritmo, / a do Gênero, e a de Causa e Efeito. / Há quem diga que existam mais Leis, / mas é tão hermético que não se divulga. / Estas são Leis que regem o Universo como o conhecemos. / São as grades de nossa prisão. / Aprender sobre estas Leis te permite “hackear” / a Matrix em que vivemos. / É tudo como uma simulação de computador / e o conhecimento das Leis te permite ser o mestre do jogo. / Basta você entrar em sintonia com a egrégora hermética / e aplicar o conhecimento adquirido / que você pode driblar a influência destas Leis em tua vida, / podendo manipulá-las ao teu favor. / Estudar hermetismo é uma chave / que vai te abrir muitas portas. / O hermetismo, o estudo hermético, pode ser algo fechado / mas também significa o conhecimento que vem de Hermes. / Entre em sintonia com Hermes / e ele te revelará muitos segredos. / Lembre-se sempre de que / os lábios da sabedoria estão fechados, / exceto aos ouvidos do entendimento”. / Esta frase que citei está no livro “O Caibalion”, / que é um belo manual de instruções / de como “hackear” o sistema em que vivemos, / esta grande ilusão que nos cerca. / Lá também está escrito que / “os Princípios da Verdade são Sete; / aquele que os conhece perfeitamente / possui a Chave Mágicka / com a qual todas as Portas do Templo / podem ser abertas completamente”, / o que podemos abraçar como um resumo / de tudo o que disse até aqui. / Estudar hermetismo te permitirá despertar / para a vida de verdade; / você passará a ver tudo com outros olhos, / deixará de ser um zumbi, / deixará de ver apenas sombras em uma caverna, / enxergará que a verdade não só “está lá fora” / como também está bem aí, dentro de você. / Toma da pílula vermelha e você verá / até onde vai a toca do coelho. / Agora se optar pela pílula azul, / você vai acordar na tua cama / tendo a impressão de que tudo o que te disse até aqui / foi apenas um sonho.

6)      Sol Rhui: Que outras filosofias espirituais marcaram as suas composições?

Daniel Oliverpe: Temas filosóficos, espíritas, espiritualistas, mitológicos, mágickos, ocultistas, herméticos e assuntos relacionados me interessam e muito, e procuro sempre colocar um pouco disso e um pouco daquilo em cada texto que escrevo. Mas estou sempre buscando aprender algo novo e, conforme aprendo, acabo passando isso de alguma forma para meus textos. Kabbalah é algo que também me interessa mas vejo como algo ainda mais difícil de explicar o que é do que o hermetismo (risos). Tanto a kabbalah quanto o hermetismo é algo que temos mais que nos preocupar em sentir o que é do que explicar o que é. É como se faltasse algo em nós que nos permitisse de expressar com totalidade o que é a kabbalah, o que é o hermetismo. Outros assuntos que também me interessam são a iluminação, o romper com a roda das constantes reencarnações, o contato com o sagrado anjo guardião e o reconhecimento de nós mesmos como divindades e, é claro, minha constante luta contra a Matrix (risos).

7)      Sol Rhui: O que você gosta de fazer nas horas vagas além de escrever poesias e desenhar?

Daniel Oliverpe: Gosto muito de ver filmes, por isso gosto muito de ir ao cinema. Vou citar aqui meus filmes favoritos: a trilogia Matrix é claro (risos), a trilogia do Batman do Christopher Nolan, sendo que, do Nolan, também gosto muito de A Origem, Interstelar e O Grande Truque, também gosto muito de Constantine com Keanu Reeves, dos dois filmes do Sherlock Holmes com Robert Downey Jr., e dos filmes da Marvel que acompanho sempre que lança um novo nos cinemas. Também gosto muito de ouvir música, no geral rock, mas também gosto muito de música instrumental do tipo orquestrada. Vou citar aqui minhas bandas favoritas: AC/DC, BlutEngel, Epica, Evanescence, Foo Fighters, Lacrimosa, Marilyn Manson, Metallica, Mono Inc, Nine Inch Nails, OOMPH!, Ozzy Osbourne, Pearl Jam, Queens of The Stone Age, Rammstein, Rob Zombie, Slipknot, System of a Down, The Smashing Pumpkins e Tristania. Também gosto muito de ler, estou sempre lendo alguma coisa, gosto muito dos livros do Dan Brown e de livros que sejam ocultistas ou de assuntos relacionados. Deixo aqui um link de um texto meu em que cito os livros que mais me influenciaram até aqui: https://ouniversodedanieloliverpe.blogspot.com/2019/02/eu-loki-von-asgard-09.html . Outra coisa que faço muito em meu tempo livre é ler histórias em quadrinhos, em especial as de super-heróis, é uma paixão que tenho desde pequeno e que, com certeza, vou levar para a vida toda.

8)      Sol Rhui: Como você avalia que a prática de escrever e ler poesias contribui para otimizar a sua vida?

Daniel Oliverpe: Escrever para mim é uma necessidade. Acredito que seja algo que me permite contribuir com o mundo de alguma forma. É o meu legado. É a maneira como deixo minha marca no mundo. É algo que me faz com que eu me sinta realizado. Sinto que, ao escrever, estou cumprindo minha Verdadeira Vontade, que estou cumprindo minha jornada do herói pessoal. A cada novo texto é como se eu evoluísse mais um pouco, ao mesmo tempo em que, a cada novo texto, também percebo que “só sei que nada sei” e que tenho muito a aprender ainda.

9)      Sol Rhui: Fale-nos um pouco sobre a sua espiritualidade. Já seguiu ou segue algum caminho espiritual específico? Qual foi a maior lição que você aprendeu em cada vertente espiritual que já participou?

Daniel Oliverpe: Ao longo desta entrevista já citei bastante sobre minha espiritualidade, dá pra se ter uma ideia por quais caminhos segui. Mas, resumidamente, posso dizer que iniciei a vida como católico, migrei para a evangélica, deixei de acreditar em tudo me tornando alguma espécie de ateu, então me descobri no ocultismo e assuntos relacionados, conheci então o espiritismo e o hermetismo, montei um quebra-cabeças espiritual na minha cabeça e sigo com esta filosofia até hoje. Não tenho propriamente uma religião, mas quando sinto necessidade de ir em algum lugar acabo buscando algum centro espírita ou de umbanda para tomar um passe e me equilibrar. A lição que podemos aprender em cada caminho que passamos é que somos pequenos, muito pequenos, diante da imensidão deste universo em que vivemos, que precisamos respeitar o microcosmo que cada um é pois cada um de nós, unidos, formamos um macrocosmo; somos fragmentos deste Todo que é Deus.

10)   Sol Rhui: deixo este espaço livre para você falar o que queira e divulgar o seu trabalho:

Daniel Oliverpe:  Sou autor de "Pergaminhos", mas também tenho diversos outros livros que postei na íntegra em meu blog “O Universo de Daniel Oliverpe”. Convido a todos a visitarem meu blog e conferirem estas outras obras: "Ternos Brancos", "Literatura Errante", "Caminhos", "Portais", "... Microcosmos...", "Hermético", "Herético" e "Mágicko". Eu escrevo periodicamente em meu blog e compartilho aqui com vocês o link: https://ouniversodedanieloliverpe.blogspot.com/  . "Eu, Loki Von Asgard..." e "Thagirion, O Cavaleiro do Pesadelo" são os meus mais novos livros, os quais estão em desenvolvimento em meu blog. Também tenho uma página no facebook e convido a todos a curtirem e acompanharem as novidades que posto lá: https://www.facebook.com/ouniversodedanieloliverpe . E, por fim, gostaria de te agradecer Sol Rhui pelo espaço que você me cedeu aqui nesta entrevista para falar sobre mim e o meu trabalho, muito obrigado, de verdade. Desejo a você muito sucesso em tudo o que você fizer.


Daniel Oliverpe e Sol Rhui

sábado, 2 de março de 2019

AS RUNAS - INTRODUÇÃO


Futhark Antigo Completo

Nos tempos antigos as letras do alfabeto tinham uma função que ia além de apenas representar foneticamente os sons de uma determinada língua, assim como é dito que as próprias linguagens antigas possuíam atributos especiais.

Assim tanto os sons emitidos como os símbolos gráficos que os representavam para os povos antigos tinham propriedades capazes de causar mudanças tanto externas como internas (o que conhecemos por magia). Hoje em dia pelo menos é sabido que a linguagem da nossa mente subconsciente é realizada através de símbolos (como nos sonhos).

No entanto isto não era novidade para os povos antigos, que já utilizavam diversos símbolos (incluindo os dos seus próprios alfabetos) para acessar a sua capacidade mental subconsciente. Foi assim que diversos alfabetos durante a antiguidade eram empregados para fins mágicos e divinatórios.

Futhark (nome)

O Futhark (nome do alfabeto composto pelas runas) figurou entre estes alfabetos mágicos dentro da cultura nórdica. O seu nome provém da junção das iniciais das seis primeiras letras (runas) que o compõem: Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raidho e Kenaz, bem como runa é uma palavra nórdica que significa segredo ou mistério.

Na mitologia nórdica é dito que o mistério das runas foi revelado ao deus Odin, que para isto necessitou fazer um auto-sacrifício, dependurando-se na árvore de Yggdrasil durante nove dias e nove noites.

A árvore carrega um profundo simbolismo dentro de diversas culturas, e está intimamente ligada à iluminação (como a árvore em que Buda meditou). A copa da árvore costuma simbolizar o céu (supraconsciência), o tronco representa a terra (consciência), enquanto que as suas raízes representam o mundo subterrâneo (subconsciência).


Representação da auto-imolação de Odin

Através desta pequena introdução podemos compreender o simbolismo do sacrifício de Odin, como uma descida ao seu subconsciente para acessar o segredo (o que está oculto, enterrado) das runas. Este mito também mostra a importância de dar para receber e nos leva a refletir sobre o simbolismo do número nove, que na numerologia representa o amor universal e da completude, alem de ser o resultado do 3x3( a exaltação do poder da palavra), e também corresponder ao número dos mundos de Yggdrasil.

A descida ao submundo seguida de um renascimento e exaltação é compartilhada pelos mais diversos povos da antiguidade, podendo constituir um arquétipo  que nos fala da importância do conhecimento do nosso lado oculto para ampliarmos a nossa própria consciência.

Se retornarmos ao tópico da origem das runas, além da atribuição mitológicas há estudos que apontam que o Futhark e as runas em parte tenham derivado do alfabeto etrusco (TYSON, 1994), e este último por sua vez encontra a sua origem no alfabeto fenício (junto aos alfabetos grego, latino e hebraico).

Wyrd ou Runa Branca

Portanto existem muitos símbolos rúnicos, tanto ideográficos como fonéticos, além das combinações que surgem entre mais de uma runa, entretanto o o Futhark antigo é composto por um grupo de 24 runas, às quais foi acrescentada posteriormente a runa branca ou runa wyrd, aquela que não traz nenhum símbolo desenhado.

Como faço uso apenas das 24 runas mais conhecidas (e por vezes também a runa wyrd), é nelas em que concentrarei a minha atenção e é sobre elas que começarei a produção de conteúdo. Pelas minhas pesquisas há entretanto diferentes sistemas rúnicos com diferentes quantidades e tipos de runas. Convido você a nos acompanhar nesta nova jornada mágica.

Sol Rhui

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TOLKIEN MAPA NATAL

Dados para o cálculo do mapa: Nome: John Ronald Reuel Tolkien Data de Nascimento: 03/01/1892 Hora de Nascimento: 22:00 Cidade...