quinta-feira, 25 de julho de 2019

TOLKIEN MAPA NATAL


Dados para o cálculo do mapa:

Nome: John Ronald Reuel Tolkien
Data de Nascimento: 03/01/1892
Hora de Nascimento: 22:00
Cidade: Bloemfontein (África do Sul)

Glossário:

Os números indicam as casas astrológicas (casa 1, 2...)
As letras representam as lunas do lunividencia (A peixe, B borboleta, C gato, D cordeiro, E abelha, F leão, G cachorro, H serpente, I touro, J águia, K pomba e L macaco).
As esferas represantam os planetas arquetípicos: branco/lua, amarelo;/sol, verde/vênus, azul/mercúrio, vermelho/marte, laranja/júpiter, cinza/saturno, rosa/urano, índigo/netuno, roxo/plutão e marrom/ terra.
As setas são as lições de vida (para cima a lição da vida  atual, para baixo a lição da vida passada).
Os pequenos triângulos são os desafios, o quadrado sua pedra angular e a estrela a sua estrela guia (o lunividencia combina a mandala astrológica com numerologia).
(Adaptei uma versão da mandala astrológica védica porque é bem mais fácil de desenhar)

Interpretação

Se houve uma personalidade fantástica na história essa se chamou Tolkien, pois para nós escritores e amantes de idiomas ele é uma fonte de inspiração praticamente divina. Com as suas obras consagradas como o Senhor do Anéis e a sua criatividade paranormal que até os idiomas dos personagens criava, Até hoje ele nos fascina com a sua mitologia magnífica.

Bem, além de sabermos logicamente que Tolkien tinha muito talento artístico e foi um escritor, ele também foi professor e filólogo (estudioso de idiomas e manuscritos antigos), mas quais características no seu mapa (no lunividencia) indicariam isto?

Bem de cara vemos o seu mercúrio na casa 2, que dentre outras coisas representa os ganhos e recursos pessoais, em conjunção com a lua, o que facilita a  expressão das emoções através da comunicação (seja falada ou escrita).

Além disso a sua lua é regente do cachorro na casa 5, o que aumenta a sua capacidade criativa, sensibilidade artística e necessidade emocional de expressar isso como meio também de diversão.

Ele ficou conhecido pelo seu perfeccionismo, já que costumava a reescrever várias vezes as suas obras antes de produzir o conteúdo final e interessantemente esta façanha sua pode ser vista no mapa, já que o seu mercúrio é regente da serpente na casa 6 (a casa de virgem).  Junto a tudo isso, júpiter, o regente da casa 2 de Tolkien (onde está mercúrio conjunto à lua), se encontra em peixe na casa 11. expandindo ainda mais a sua imaginação e sensibilidade.

De quebra ele tem saturno conjunto a marte na casa 12 (de peixes) o que dá muita habilidade de trazer para o plano concreto as ideais abstratas e simbólicas representadas por esta casa. A sua vênus natal é bem forte (angular na casa um e domiciliada na luna do gato, com sextil a júpiter e trígono a netuno). Além da conexão com as artes, ela também lhe conferiu um carisma especial.

A sua luna pessoal solar é o leão, reforçando tanto o carisma, bem  como a sua veia artística e junto à sua lua no cordeiro na casa 2, ele provavelmente foi alguém muito generoso. Tolkien ficou conhecido também pela sua dedicação à família e aos filhos, o que pode se explicar também pelo fato de que o seu sol está na casa 4 (câncer) e tem a luna cachorro (regida pela lua), na casa cinco. Certamente tinha uma afeição maternal pelos filhos.

A sua configuração da casa 12 já falada junto a Netuno na casa 9 na pomba traz a ela sua capacidade fantástica com idiomas, pesquisas e o seu talento como professor universitário. Seu meio céu casa 10) é a luna macaco, que representa o talento artístico também, especialmente como escritor.

Sua pedra angular na casa oito na águia  mostra a sua busca intensa pelo oculto, o que ficou claro nas suas obras cheias de magia e de seres fantásticos, mas apesar dessa sua apreciação pelo lado mágico das mitologias, Tolkien foi um homem muito religioso, como mostra a sua casa 2 a qual mostra os seus valores, onde temos a luna do cordeiro, que representa a sua religiosidade. 

A sua lição de vida no leão na casa 4 lhe impulsionou a buscar seu brilho próprio através da sua expressão artística como escritor e no cuidado com a família, enquanto a sua missão (terra), lhe projetava para a direção oposta (casa 10), da exposição pública e da sua póstuma fama internacional.

Certamente essa contradição explica porque Tolkien, que buscava mais discrição, se recusava a vender os direitos das suas obras,o que só foi conseguido após muita insistência. Sua conjunção de Urano e Terra no MC também deve explicar porque apesar da sua originalidade excepcional Tolkien tinha uma visão mais conservadora com relação à tecnologia.

Sua inspiração sim certamente divina (espiritual), com Plutão na casa 8 (ligação com o plano extra-físico) na águia, cujo regente (marte) se encontra conjunto a saturno na casa 12 (o subconsciente, o mundo transcendental).  Além disso a sua estrela guia está na casa 12 também, o que ressalta como ficou conhecido: pela sua fantástica imaginação, criatividade e capacidade de inspiração, além de um excelente linguista, filólogo e pesquisador  (plutão, o regente da borboleta na casa 12,  está na luna da águia  na casa 8, adicionado ao Netuno na  luna da pomba na casa 9) e escritor saturno na casa 12 rege a abelha na casa 3)


Alguns fatos da vida de Tolkien à luz do seu mapa pelo método das estações


A infância de Tolkien foi difícil, com perdas importantes e dificuldades financeiras. Olhando para as duas primeiras lunas do seu mapa (peixe e borboleta), temos dois desafios em cada uma (cada luna cobre um período de aproximadamente 6 anos, a partir do seu nascimento em 1892).

Além disso durante a fase da luna borboleta, (7 a 12 anos) a qual é regida por plutão e que no mapa do autor está na casa 8, foi a fase das maiores mudanças e transformações profundas enfrentadas nesse período inicial da sua vida.

Tolkien conheceu a sua esposa aos 16 anos, interessantemente é o período representado pela luna do gato, na qual o seu planeta regente (vênus) está domiciliado em seu mapa, favorecendo a vida afetiva nesse momento. 

Outra fase importante na vida do autor foi quando ele se formou em Licenciatura de Língua Inglesa em 1915, período que em seu mapa corresponde à luna do cordeiro, cujo regente é júpiter postado na casa 11 (representando nesse caso seus desejos e aspirações conquistados e ganho de reconhecimento).

E em 1972, Tolkien na idade de 80 anos recebeu a honra de Doutor Honoris Causa em Letras da Universidade de Oxford e o seu maior título de o Império Britânico, concedido pela Rainha da Inglaterra da época.  Esse período da sua vida no método da estação corresponde a luna do macaco no Meio Céu, representando assim a máxima expressão do seu brilho como escritor e artista que perdura até os dias de hoje.

Sol Rhui


Fonte dos dados históricos incluídos na análise do Mapa de Tolkien:
 https://pt.wikipedia.org/wiki/J._R._R._Tolkien


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quinta-feira, 20 de junho de 2019

XADREZ E MEDITAÇÃO - SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS



Vejamos na seguinte tabela comparativa as semelhanças entre o xadrez e a meditação, bem como as suas particularidades:


                                           Imagem de Marie Sjödin por Pixabay 


Xadrez
Xadrez & Meditação
Meditação
Desenvolve a capacidade de tomar decisões, estimulando uma postura independente
Aumentam a criatividade
Aumenta a inspiração, estimulando uma postura motivada e motivadora
Desenvolve o pensamento crítico, estimulando a liberdade de opinião
Aumentam a concentração
Desenvolve a intuição e estimula a agir com sabedoria
Desenvolve a capacidade de analisar as consequências
Aumentam a autoconfiança
Reduz o estresse, auxilia no combate à depressão e aumenta a sensação de bem estar
Desenvolve a virtude da paciência
Aumentam a disciplina
Produz um efeito calmante e relaxante

Melhora o QI
Estimulam tanto o lado direito como o lado esquerdo do cérebro
Melhora o QE
Melhora a Memória
Desenvolvem a força de vontade
Auxilia aliviar tensões e dores físicas
Melhora a aprendizagem em geral como a de matemática e de idiomas
Desenvolvem a atenção
Auxilia no autoconhecimento
Aumenta a velocidade do pensamento
Estimulam a imaginação e a visualização
Traz equilíbrio emocional
Previne doenças como Alzheimer e Demência
Auxiliam na aquisição de (auto)conhecimento e sabedoria
Aumenta a imunidade
Acelera a recuperação de AVC
Ambos em geral trazem benefícios à nossa saúde física, emocional e mental
Combate insônia e a ansiedade
Melhora a capacidade de resolver problemas
Ambos são exercícios mentais que estimulam, desenvolvem e ampliam as nossas faculdades mentais e emocionais.
Auxilia a se centrar no momento presente, ajudando a sentir paz interior
Desenvolve a inteligência verbal, melhorando nossas habilidades comunicativas, além de desenvolver o senso de respeito
Ambos desenvolvem ao seu modo a inteligência social, auxiliando em nossas interações e convivências diárias.
Desenvolve a inteligência emocional, melhorando as nossas relações interpessoais, estimulando a compreensão, o entendimento e a empatia
Amplia a capacidade de antecipação dos fatos através da dedução lógica
Ambos nos ajudam no planejamento de nossas vidas, desenvolvendo e estimulando as habilidades mentais necessárias para isto
Amplia a capacidade de pressentimento através do estímulo da capacidade intuitiva




                                           Imagem de Gerd Altmann por Pixabay 


A palavra meditar interessantemente compartilha a mesma raiz que a palavra medicar (MED) do latim "medere": curar (PERISSÉ, 2012). Quando analisamos a prática da meditação e do xadrez ambos parecem auxiliar cada um a sua maneira em nosso equilíbrio e bem estar como um todo.

Segundo o dicionário Aurélio online, meditar significa dentre outras coisas: "considerar, pensar sobre, e refletir".

Além disso tanto uma prática como a outra partem de um mesmo princípio: o foco da atenção para o desenvolvimento da concentração. É certo que o xadrez o faz através do estímulo do fluxo de pensamentos, enquanto a meditação promove o foco da maneira oposta, isto é, através do relaxamento e da diminuição do fluxo de pensamentos. Porém de um jeito ou de outro ambos alcançam um mesmo objetivo: a concentração.

Por acaso seria o xadrez um tipo de meditação? Deixo esta pergunta para os meus leitores meditarem e responderem por si só, exercitando o pensamento crítico diante das informações que cataloguei aqui.

Mas independente da resposta, o que podemos dizer é que ambos são exercícios mentais (talvez os mais práticos e eficientes), que estimulam a nossa atividade cerebral como um todo (tanto do seu lado direito como o lado esquerdo), e trazem vários benefícios para o nosso bem estar em geral. O xadrez entretanto foca mais no desenvolvimento da mente concreta, enquanto a meditação enfoca o desenvolvimento da mente abstrata.

Resumidamente a mente concreta é um conceito esotérico que se refere ao pensamento lógico-verbal, isto é a mente racional, ligada ao Anahata Chakra (centro cardíaco) enquanto a mente abstrata está relacionada à pensamento simbólico, ou seja, a mente criativa e intuitiva, e está ligada ao Vishuddha Chakra (centro laríngeo).

Muitos defendem o uso puro da razão, alguns ao ponto de se preocupar apenas com o que pode ser experimentado empiricamente e comprovado, enquanto outros defendem o desenvolvimento da intuição e enxergam a razão como a causa da dualidade, já que ela possibilita o nosso livre-arbítrio ou livre escolha, que pode ser orientada tanto para o "bem" como para o "mal" (a semente da Serpente), e por isso, deveria ser submetida à intuição (a Voz Interior ou Eu Superir; o Eu Divino ou Cristo Interno).

E se pudéssemos cultivar as duas coisas em harmonia, já que temos o potencial tanto de um como de outro, e além do potencial, as ferramentas que nos possibilitam desenvolvê-lo? É certo que evolutivamente falando, já chegamos a um determinado desenvolvimento da mente concreta e agora precisamos cultivar a mente abstrata, mas para isto seria preciso anular a mente concreta? Poderíamos escolher ouvir a intuição? Poderíamos intuir a escolha certa? Fica a dúvida para se refletir, pensar e meditar.

Sol Rhui


Fontes: http://palavraseorigens.blogspot.com/2012/06/coincidencias-e-incoincidencias.html
https://dicionariodoaurelio.com/meditar
https://professoratila.com.br/aulas-de-xadrez/22-brilhantes-motivos-para-jogar-xadrez-voce-nao-pode-ignorar-o-8
https://bemzen.uol.com.br/noticias/ver/2013/09/17/3534-meditacao

sexta-feira, 10 de maio de 2019

8 DICAS PARA COMBATER O BAIXO ASTRAL



Quando estamos de baixo astral não temos vontade de fazer nada, a nossa autoestima diminui e o nosso rendimento cai, além de interferir diretamente em nossos relacionamentos, pois podemos ficar mais pessimistas, estressados, ansiosos e deprimidos. Dessa forma a nossa paz interior fica comprometida.

Diversos são os motivos para ficarmos mais cabisbaixos, dentre eles a principal é a frustração em alguma área da nossa vida (área afetiva e material costumam ser as mais centrais); o tédio gerado pela rotina também costuma contribuir muito para isto, bem como desentendimentos e situações estressantes do dia a dia.

A boa notícia é que podemos usar algumas estratégias para mudar o nosso humor e assim recuperarmos alegria de viver, bem como a disposição necessária para fazermos as nossas atividades diárias, inclusive nos dedicar aos estudos e práticas espirituais que nos conduzem à evolução pessoal. Vejamos algumas:

1 - Exercício físico - esta prática contribui para nossa saúde em geral, inclusive para o bom funcionamento do nosso cérebro. A prática de exercícios físicos faz com que o corpo produza hormônios que geram bem estar, assim turbinamos a nossa autoestima e de quebra nos tornamos mais saudáveis.

2 - Sorriso - Há estudos que apontam que mente e corpo trabalham em conjunto e se "refletem" mutuamente. Assim o sorriso é indicativo que estamos sentindo emoções positivas como alegria, felicidade, e otimismo.

Então é possível induzir estes estados emocionais pela prática do sorriso, já que a mente também pode espelhar determinada postura do corpo. Experimente sorrir mais, mesmo sem motivo, sorria para si na frente do espelho por alguns minutos e possivelmente terá um dia mais feliz!

3 - Gratidão - A maior fonte de pensamentos e emoções negativas é a falta de gratidão: quando em vez de notarmos tudo de bom que já somos e possuímos escolhemos ressaltar o lado negativo da vida, assim somos levados a murmurar e nos queixar dela, produzindo em nosso campo áurico uma energia densa difícil de lidar e que atrai mais situações negativas para causar desapontamento.

Experimente agradecer mais ao Universo por todas as coisas boas que você já tem e por tudo de positivo que faz parte da sua essência. Infelizmente só sabemos o valor de uma coisa quando a perdemos, então para evitar essa decepção vocalize a palavra Gratidão pelo menos uma vez por dia, de preferência ao amanhecer, por mais uma oportunidade que a Divindade lhe concede de viver e aprender.


4 - Meditação: a meditação é ótima p'ra levantar a nossa autoestima, trazer equilíbrio  e inteligência emocional, combater o estresse e a ansiedade, além disso é muito simples de se fazer, perfeita não? vou deixar aqui uma sugestão de meditação para aqueles momentos da bad:

Feche os olhos e respire calma e profundamente por três vezes. Em seguida comece a lembrar de todos os momentos de alegria e felicidade que você já viveu: a companhia dos amigos, uma vitória conquistada, uma data comemorativa, deixe a mente fluir.

Em seguida imagine um sol de cor laranja nascendo no centro do peito e iluminando tudo à sua volta com a luz laranja. O laranja representa alegria, energia, otimismo, vitalidade, força de vontade e criatividade. Pense em todos estes atributos enquanto imagina que você é este sol que emite muita alegria e felicidade para todos em qualquer lugar.

Pratique esta meditação pelo menos por seis minutos, uma vez por semana, e sempre nos momentos em que precisa por o baixo astral p'ra correr rsrsrs.

5 - Leitura de poesias - estudos apontam que uma simples leitura de poesia é capaz de auxiliar pessoas no combate da depressão, interessante não é? Infelizmente o poema é o gênero menos lido e procurado pelas pessoas, é uma pena porque tantos benefícios que o contato com a arte poética traz não são aproveitados por muitos. Conselho: sigam o meu blog e leiam as mais de 100 poesias que eu tenho escrito por volta de 4 anos kkkk. Brincadeira gente só uma sugestão, mas qualquer poesia de qualquer outro poeta pode ser usada para este fim: o importante é poetizar! rsrs

6 - Autoconhecimento - Conhecer a si mesmo é a chave do sucesso e da evolução pessoal: saber quais são os seus pontos a melhorar, as suas virtudes e as suas habilidades não tem preço. Hoje em dia possuímos diversas ferramentas para isso desde as mais científicas como psicoterapia, até as mais esotéricas como numerologia, astrologia e outras.

 O autoconhecimento para mim foi um divisor de águas, tanto para melhorar a minha autoestima me tornando consciente de virtudes e "dons naturais", tanto para conhecer os meus próprios defeitos para transmutá-los, já que a consciência é o primeiro passo para a transformação. O autoconhecimento faz parte da expansão de consciência e o recomendo também pois ele pode apontar aspectos positivos que possuímos que nem suspeitávamos. Conhecimento liberta e Autoconhecimento ilumina!

Para mim é algo tão importante que ele acaba sendo um dos temas principais das minhas poesias e artigos, além de trabalhar trazendo autoconhecimento também através dos oráculos (especialmente o Lunividencia), e é maravilhoso ajudar as pessoas a se descobrirem e incentivá-las a continuarem nesta busca infinita por sua luz interior.

7 & 8 - Cantar e dançar - Já diz o ditado: "quem canta os seus males espanta": o canto e a dança são um ótimo remédio para o mau humor, neste quesito nem precisa explicar muito, porque é só colocar a sua música preferida e voilà rsrs. Bem é isso pessoal, vamos por a tristeza p'ra correr e ser felizes, alegres e contentes! Kisses 💋💋💋 e até o próximo artigo!

Sol Rhui






quinta-feira, 11 de abril de 2019

RUNAS: ESTRUTURA GERAL


Futhark Antigo contendo as runas na seguinte ordem: Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raidho, Kenaz, Gebo, Wunjo, Hagalaz, Naudhiz, Isa, Jera, Eihwaz, Perdhro, Algiz, Sowilo, Tiwaz, Berkano, Ehwaz, Mannaz, Laguz, Ingwaz, Dagaz e Othala.

Runa Wyrd

As 24 runas do futhark antigo possuem uma classificação chamada de Aett (plural Aettir) e cada Aett é composto por 8 runas. Assim neste sistema encontramos 3 Aettir de 8 runas cada (24/8=3).
De uma maneira muito resumida podemos associar as runas de cada um destes Aettir com 3 planos: o primeiro Aett corresponde ao plano material, o segundo ao plano emocional e o terceiro e último ao mental/espiritual (FAUR, 2006).

1° Aett: Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raidho, Kenaz, Gebo e Wunjo;
2º Aett: Hagalaz, Naudhiz, Isa, Jera, Eihwaz, Perdhro, Algiz e Sowilo;
3° Aett: Tiwaz, Berkano, Ehwaz, Mannaz, Laguz, Ingwaz, Dagaz e Othala.

Dentre as runas também existem aquelas que  apresentam a mesma configuração quando invertemos a carta (no caso de runas impressas em cartas) e aquelas que mudam de configuração quando invertidas. Quando estas aparecem assim são então chamadas de runas invertidas.  

Quando uma runa está invertida ela demonstra  uma certa dificuldade na expressão da sua energia na vida do consulente, o que não chega a ser necessariamente uma inversão total de significados, tampouco uma negativação do valor da runa, já que tudo é relativo e certas dificuldades e desafios podem contribuir para acelerar a evolução de uma situação, enquanto aspectos mais fáceis podem levar ao contrário. tudo depende das outras runas em conjunto e da informação que também é intuída pelo oraculista.

As seguintes runas podem ser invertidas: Fehu, Thurisaz, Uruz, Ansuz, Raidho, Kenaz, Wunjo, Naudhiz, Perdhro, Algiz, Tiwaz, Berkano, Ehwaz, Mannaz, Laguz e Othala. Perfazem um total de 16 runas do futhark antigo.

As oito restantes não podem se inverter devido à simetria da sua representação simbólica. São elas: Gebo, Hagalaz, Isa, Jera, Eihwaz, Sowilo, Ingwaz e Dagaz. Quem utiliza a runa Wyrd também pode perceber que não há posição invertida para ela, mantendo igualmente certa uniformidade na interpretação.

Acredito que a consideração da inversão das runas é muito pessoal e varia para cada oraculista rúnico, assim como a utilização ou não da runa Wyrd. Eu particularmente comecei a jogar sem considerar inversões, o que passei a aderir com o passar do tempo.


Existem também algumas runas que mesmo não sendo invertidas, trazem com o seu significado desafios, dificuldades e obstáculos. São elas: Thurisaz, Hagalaz, Naudhiz e Isa.


Podemos igualmente traçar um paralelo entre as runas e os planetas astrológicos. Deixo uma correspondência que faço apenas com os 10 planetas astrológicos, baseado na semelhança de significados entre estes planetas e as respectivas runas (esta não é a única correlação existente, existem muitas outras que variam de acordo com o estudioso do assunto):


Netuno: Laguz
Urano: Uruz 
Saturno: Naudhiz, Isa e Wyrd
Júpiter: Jera
Marte: Thurisaz e Tiwaz
Sol:  Kenaz, Sowilo e Dagaz,
Vênus: Fehu, Gebo e Wunjo
Mercúrio: Ansuz, Raidho, Mannaz, Perdhro e Ehwaz
Lua: Berkano, Laguz, Algiz e Ingwaz
Plutão: Hagalaz, Eihwaz e Othala


No próximo post veremos os possíveis significados dos nomes de cada runa, e a interpretação resumida de cada uma delas (futhark antigo+wyrd). Até logo!

Sol Rhui





terça-feira, 12 de março de 2019

MEDITAÇÃO DA CAMINHADA NOTURNA




Esta é uma meditação ativa que tenho o hábito de praticar e que me auxilia em muitos processos energéticos. Ela consiste basicamente numa pequena caminhada descalço de preferência em um ambiente natural durante a noite.

É importante checar primeiramente se o local em questão é seguro (livre de perigo ou de animais peçonhentos) e se é energeticamente puro (pode-se ter uma noção sabendo quais atividades são feitas neste ambiente ou usando a sua sensibilidade energética). 

A caminhada poderá ser feita de forma circular, o que já nos remete a um símbolo universal de proteção e de renovação. A importância de ela ser feita com os pés descalços é justamente para que os nossos chacras dos pés se conectem direta e naturalmente com a Terra.

A direção da caminhada pode variar com o propósito que se tem em mente: se você deseja aplicar o princípio da criação, recomendo o sentido horário, mas se deseja aplicar o princípio da transformação, recomendo o sentido anti-horário.

Além da conexão com a Terra, esta caminhada nos ajuda a se conectar com a Lua, já que é realizada durante a noite. Durante a noite, ao contrário do dia, o ar está carregado de prana negativo (energia yin, que não tem nada a ver com negatividade no sentido de ruim) já que ele é magnetizado pela Lua.

Para potencializar a captação do prana negativo, você pode fazer um exercício de respiração profunda e controlada (pranayama/kumbhaka) enquanto caminha e também visualiza o seu carregamento com ele.

A cada inspiração você pode visualizar a captação de prana negativo do ar, e a cada expiração poderá visualizar que está trocando energia com a Terra, desfazendo-se de cargas potencialmente prejudiciais.

Assim este exercício nos ajuda a nos conectar com a energia Yin para desenvolver o magnetismo, purificar as energias absorvidas, e promover o nosso aterramento. Dessa forma nos tornamos mais presentes, estáveis, confiantes e renovados energeticamente, além de equilibrarmos o nosso chacra raíz.

Para as mulheres é um exercício que pode favorecer a sua conexão com as forças telúricas e lunares, o que é imprescindível para o desenvolvimento do seu poder pessoal, e para os homens além de ser uma maneira de trabalhar o seu lado Yin (já que todos temos as duas energias) é um bom exercício de purificação energética, já que os homens não tem o dom natural que as mulheres tem de renovar as energias através da menstruação.  

Você pode começar fazendo cerca de 10 minutos de caminhada, e conforme se acostumar pode aumentar o tempo gradativamente. Este exercício poderá ser feito em qualquer fase da Lua, especialmente na Lua Nova, para introspecção e inspiração, e na Lua Cheia, para trabalhar o magnetismo pessoal.

No final da caminhada, é recomendável um banho de ducha natural, pois a água doce além de auxiliar na purificação também recarrega as nossas energias. Você poderá visualizar que renova as suas forças através do banho, e também deixar a água da ducha cair por cerca de 3 minutos na base da nuca. Assim fortalecemos também a conexão com o elemento água e as suas propriedades. Boas Práticas!

Sol Rhui



sexta-feira, 8 de março de 2019

LUNIVIDENCIA, NUMEROLOGIA, ASTROLOGIA E CARTOMANCIA




O Lunividencia começou a princípio como um sistema simples de cartomancia composto por 12 cartas representadas basicamente por 12 animais diferentes. O nome Lunividencia (vidência da Lua) veio igualmente por inspiração e batizou o novo sistema oracular.

Foi quando eu tive as primeiras inspirações de fórmulas numerológicas relativas às lunas (cartas do Lunividencia). Fórmulas estas que já estavam diretamente relacionadas aos arquétipos dos planetas astrológicos (como o cálculo do sol na luna pessoal e da lua que já está disponível no meu outro blog Lunividencia).

Daí comecei a estudar numerologia e alguns conceitos fundamentais de astrologia para poder aplicar as fórmulas que foram inspiradas. E então comecei a testar em várias pessoas conhecidas e desconhecidas com leituras de personalidade e autoconhecimento e a resposta foi muita assertividade.

Logo incorporei a mandala astrológica para as leituras de autoconhecimento do Lunividencia também, mas não uma simples mandala composta somente de casas astrológicas, mas utilizei outros recursos como planetas (exceto o Fósforo que é uma particularidade do sistema) e todos os dados natais coletados para a criação da mandala são calculados numerologicamente.

É difícil definir o que é o Lunividencia de maneira mais objetiva, especialmente sem causar polêmicas, já que tudo que é novo assusta e suscita questionamentos. Porém eu poderia resumir que o Lunividencia começou como um sistema de cartomancia e evoluiu para um sistema numerológico que se conecta com a astrologia.

Atualmente temos vários sistemas numerológicos, para citar alguns, temos o mais conhecido que é a numerologia pitagórica, temos também a numerologia cabalística e para citar outro temos também a numerologia nórdica ou rúnica (que se baseia no valor numerológico das runas).

Cada um possui as suas próprias correspondências numerológicas, mas guardam a semelhança de atribuir significado arquetípico a cada número e correlacioná-los às letras do alfabeto (o que ocorre também com o Lunividencia).

No começo eu até achei que uma possível conexão entre a numerologia e a astrologia fosse novidade, quando numa pesquisa eu descobri um sistema numerológico antigo da Índia chamado de Katapayadi, que une em um só sistema tanto a numerologia como a astrologia. Claro que as correspondências numerológicas deste sistema são totalmente diferentes da nossa ocidental (eles consideram o valor numérico das sílabas) e a sua conexão certamente é com a astrologia védica (e não a ocidental).

 Apesar da semelhança de princípios, o Lunividencia possue correspondências completamente diferentes do sistema indiano, aproximando-se mais da numerologia pitagórica ocidental (com a diferença que a base desta são os números de 1 a 9 (e os números mestres), enquanto o Lunividencia usa como base os números de 1 a 12 correspondente às 12 lunas.

A grande diferença é que o sistema astronumerológico do Katapayadi realmente considera os signos da astrologia (védica) na interpretação, enquanto o Lunividencia substitui os 12 signos astrológicos pelas 12 lunas originais do sistema. Porém permanece utilizando o significado (baseados na astrologia ocidental, mas com adaptações para o sistema) das  casas, planetas, comutações e atualmente tenho estudado sobre os aspectos dentro da mandala astrológica usada no Lunividencia.

Dessa forma é possível utilizar as cartas do Lunividencia em jogadas de cartomancia e também utilizá-las como símbolos arquetípicos dentro do mapa natal, no qual cada uma recebe uma correspondência numerológica junto com todos os outros elementos (casas, planetas, etc..) que são calculados e combinados para formar o mapa natal.

Então o Lunividencia tem correlações com esses três campos: cartomancia, numerologia e astrologia, porém prefiro classificá-lo como um sistema oracular próprio que utiliza conhecimentos de várias áreas como uma interdisciplinaridade para se tornar mais completo. Assim tento minimizar as rivalidades e polêmicas já existentes, bem como trago neste artigo que não é nenhuma novidade a correlação entre mais de uma área de saber oculto.

Então é preciso entender que o Lunividencia não é numerologia pitagórica, nem cabalista nem oriental, tampouco astrologia, mas é um sistema próprio que foi e é enriquecido por estes sistemas (e outros). 

Muita gente confunde a mandala ou mapa natal do Lunividencia com mapa astral, mas não é a mesma coisa, o mapa astral pertence à astrologia. Apesar do mapa natal do Lunividencia ser baseado na mandala astrológica ocidental (que também pode ser incorporada à leitura de tarot ou de runas) ele pertence a um sistema à parte e que apesar das semelhanças, também tem as suas particularidades e diferenças.

As leituras do mapa natal tem tido assertividade e é um sistema válido como qualquer outro, eu realmente não entendo porque tanta divisão e rivalidade entre expoentes de diferentes artes e ciências oraculares se todas são válidas e são formas diferentes de analisar e interpretar a mesma coisa.

Portanto fiz este post para tentar acabar com qualquer dúvidas restantes e esclarecer também que como o nome já diz (Lunividencia), não importa se ele é utilizado como cartomancia ou numa mandala natal, a capacidade clarividente do intérprete é que dará a tônica da leitura. 


Recapitulando o Lunividencia é um sistema oracular novo e em processo de construção que agrega conhecimentos de diferentes saberes ocultos, sem perder a sua individualidade, portanto mapa natal é uma coisa, mapa astral é outra, mapa numerológico é outra coisa, mas todos usam recursos diferentes para acessar o autoconhecimento de maneiras distintas. A escolha vai da afinidade, compatibilidade e crenças de cada um.

Como eu tenho consciência de que só atendo quem eu tenho condições de ajudar não me incomodo de deixar os meus leitores livres para escolher o que é melhor para eles e o que eles acreditam, pois acredito que há espaço para todos e existem centenas de sistemas oraculares para todos os gostos e afinidades. 

Sol Rhui



terça-feira, 5 de março de 2019

ENTREVISTA DE FERNANDO SILVA SOBRE TAROT MEDIEVAL E ORÁCULOS POR SOL RHUI




ENTREVISTA DE FERNANDO SILVA SOBRE TAROT MEDIEVAL POR SOL RHUI 

1) Sol Rhui: Fale-nos um pouco sobre o tarot medieval e o seu trabalho com este oráculo 

Dentre vários tipos de tarot, temos os de tipo medieval, a qual poderíamos citar vários num subsegmento, tendo cada qual seu artista e seu simbolismo oculto, mas que profundamente estão relacionados por um padrão de simbologia iniciática. Temos os tarots que realmente nasceram de uma época da Europa medieval, bem como temos tarots modernos que usam a sua parte artística inspirada na arte medieval. Importante fazer essa diferenciação pois na modernidade temos 2 interpretações distintas entre as correspondências cabalísticas no que tange aos arcanos maiores. O intuito aqui não é colocar uma como certa outra como errada, mas destacar que essa evolução na interpretação só se deu explicitamente no ocultismo moderno. 

Tendo explicado essa questão o tarot que uso é o de Giovanni Vachetta, e aqui confesso que o nome medieval é muito mais atrativo do que renascentista que é sua natureza de fato. Esse tarot é inspirado em simbologia do contexto medieval tal como citei acima, tem sua tradicionalidade ainda ligada a primeira interpretação da correspondência hebraica, porem seu artista, concebeu a obra no final do século XIX, sendo bem distante de uma cosmovisão medieval de fato. Entendendo que as adaptações se fazem necessárias para compreensão melhor do publico geral adotei essa roupagem de “medieval”. 

Esse tarot segue como todos outros tarots com a mesma temática, o padrão de símbolos já citado alterando apenas a imagem da figura da carta, mas mantendo a forma pensamento oculta intacta. Essa questão de diferenciação é que enriquece o mundo do tarot, independente das interpretações cada qual se enquadra no mesmo sistema que é sutil, abstrato, e tão assertivo ao mesmo tempo. 

O meu uso com ele está relacionado a leituras que faço a distância, e particulares, previsões, conselhos, direcionamentos quanto ao que está escondido ou oculto. Prefiro adota-lo pessoalmente como guia iniciático, e quando tenho oportunidade demonstrar a mesma possibilidade de leitura a outros que tenham interesse de aprender esse conhecimento por conta própria. 

2) Sol Rhui: Você já usou outros tipos de tarots ou oráculos? O que você acha que mais diferencia o tarot medieval dos outros oráculos? 

Nunca fiz o uso de outro tarot, tenho algo particular quanto a energia confiança que esse me passa. Tenho um carinho especial devido ao fato de ter adquirido a muito tempo, apesar de tê-lo comprado, o fiz de um artista que o desenhou a mão especialmente para minha pessoa, e o fez com bastante cuidado e esmero. Acredito que invariavelmente isso potencializa-o frente a qualquer outro. Não os desmereço e acredite em breve farei estudo de outros, mas fico feliz com o que chegou até minha pessoa. Também nunca usei outro oráculo, apesar de conhecer numerologia, confesso que em minhas leituras de tarot também faço o uso da mesma quando necessário. Eu acredito na ciência oculta explicita nos seus símbolos, mas também acredito que é necessário ter olho treinado para identificar isso. A verdade é que considero grande parte dos oráculos simples muletas para se observar a verdade, mas somos imbuídos de espírito investigativo dado determinadas motivações, o tarot é a minha. Ainda acredito que sua ligação com outros sistemas o faz uma espécie de elo forte da corrente oracular, envolvendo conhecimentos de cabala numerologia entre outros muito significantes para os esoteristas ocidentais. E ainda sua ligação histórica com a medievalidade a qual teve grande difusão primeiramente como um simples jogo de cartas, e aqui de diferentes padrões... foi somente tempos depois que recebeu seu espaço dentro da filosofia oculta. 

3) Sol Rhui: A prática do tarot e a criação do tarot medieval guarda alguma relação com os templários? 


Não diretamente, mais por uma convenção social propriamente dito. Vendo a época em que ambos ocupam na história, desde o mercador até os clérigos, os nobres e também os cavaleiros em algum momento tiveram contato com esse jogo. Entendendo que possivelmente a ideia de divinação e ressignificação das cartas tenha se dado séculos depois, não podemos descartar a hipótese que mesmo nessa época já haviam iniciados codificando tarots iniciáticos. O tarot tem relação intima com o ocultismo islâmico e hebreu, o contato de povos europeus na terra santa gerou sim uma mistura de conhecimentos que ficaram ocultos da maior parte da população em geral, então se pudéssemos falar em relação seria por contexto social muito mais do que uma relação causadora de fato. 



4) Sol Rhui: O que mais o impressiona no trabalho com oraculismo? 

De todas as perguntas feitas ao tarot, as que eu mais gosto de responder estão ligadas as coisas ocultas ou escondidas. Buscas espirituais de fato. As ligações do cotidiano revelam-se surpreendentes as vezes, mas quando algo escondido é revelado ou uma mentira exposta e eu consigo ver isso nas cartas e avisar o consulente eu sinto junto com o ele o mesmo alivio. 

Eu acho que essa capacidade de surpreender o descrente é a mais impressionante de todas. Por vezes eu mesmo sou cético, por vezes a leitura é tão evidente que nem precisa de interpretação, até o mais leigo pode entender. Essa evidencia é que impressiona, força a ser sincero, por mais que se busque meias palavras. O poder da egrégora oracular agindo de forma misteriosa, que apesar de esperada sempre impacta no resultado. 

5) Sol Rhui: Quais atributos e virtudes você acha que a senda oracular desenvolve? 

Eu poderia simplificar dizendo que desenvolve a intuição, a introspecção e a dedução. Isso como um atributo superficial a primeira vista, como virtudes a linha é bem mais tênue. Para falar primeiro em virtude preciso contextualizar os vícios que isso pode ocasionar. Em reflexão junto ao ego exacerbado de muitos acertos que podem levar a uma desilusão quanto a propriedade oracular inata de cada um. Isso não é um jogo para si mesmo, envolve uma significação única no momento de cada consulta que continua reverberando na vida de cada consulente. Esse respeito nos remete a um segundo ponto onde é, saber separar o que é ajuda do que é consulta. Outro vicio a ser trabalhado é o da ganancia, ser escravo do próprio poder oracular e do seu resultado. E dentro ainda desse perigo de enaltecer o ego, criar a dependência, ter servos. Toda leitura deve ser em si um momento para libertar as amarras, não de criar mais. É possível dar o direcionamento se a pessoa possui o conhecimento para isso sem cobrar mais nada e sem marcar outra consulta, ajudar de fato seu consulente.
Tendo posto isso, usando agora de analogia dos contrários, podemos chegar a síntese das virtudes que o tarot desenvolve... a não pratica de tudo que já foi citado. Como disse essa linha é muito tênue, uma vez que se esforce para entender o sistema e emprega-lo uma vez obtendo sucessos em seus experimentos de leitura é fácil precipitar-se num abismo de egoísmo profundo. Porem tendo vencido esse perigo, obtem-se uma chave de interpretação das ciências ocultas muito útil. Desenvolve-se a temperança como virtude numero um, entendendo o que é excesso e limite dentro das leis universais, desenvolve a fortaleza dando segurança na interpretação espiritual da vida, e a diligencia que faz entender que cada coisa tem seu tempo e seu ritmo não havendo porque de ansiedade. 

6) Sol Rhui: Há quanto tempo você estuda sobre a espiritualidade, e por quanto tempo já estuda e pratica oraculismo? 

Eu estudo o tema desde os meus 14 anos, isso começou mais como algo me incomodava profundamente muito mais do que a outras pessoas. Eu simplesmente não me contentava com as mesmas respostas postas pela tradição em todos os nichos. Assim fiz o que qualquer inquieto faria, fui atrás, primeiro lendo livros e questionando sendo cada vez mais cético e impertinente. Esse caminho me conduziu a vários caminhos diferenciados, mas quase todos dentro do mesmo sistema de ocultismo ocidental. A pratica do oraculismo se deu tempos depois, aproximadamente nos meus 20 anos de idade, tive contato com pessoas da área em que participei de consultas e tive oportunidade de fazer estudos. Como já estava estudando ocultismo bem antes disso, me foi mais fácil absorver a ideia em si do tarot e emprega-lo primeiramente na interpretação da minha própria espiritualidade e depois em consultas pessoais. 

7) Sol Rhui: Você acredita que os estudos (tanto pessoais como por meio de cursos ou adquiridos em grupos ou ordens) e a experiência em determinada prática mágica (tal como oraculismo) fazem a diferença? Por quê? 

Sim acredito que podem fazer diferença tanto para bem quanto para mal. Veja é importante esclarecer que existe um conceito oculto posto na código das cartas. É complexo por em palavras, mas isso precisa ser respeitado, pelo menos observado nas suas abstrações. Tendo isso em vista é necessário que o curso por exemplo seja dado por aquele que consegue ver essas interpretações independente do tarot que tenha em mãos. Parece uma tarefa impossível, e hoje com a infinidade de tarots que possuímos realmente o é. Mas esse esforço deve ser observado profundamente. É o que define a influencia boa de ruim. Se for um cego a guiar o estudante ambos irão para o abismo, nesse sentido é bom que o estudante primeiro estude coisas mais simples a respeito de simbologia oculta e hermetismo por exemplo, para calçar-se e conseguir separar o joio do trigo. 

8) Sol Rhui: Você segue ou já seguiu algum caminho espiritual específico? Qual? 

Sou nascido na tradição judaico-cristã de família. Acredito que tradicionalmente não deva negar minha raiz e seguindo o que preza os conselhos de ocultistas anteriores é não abandone sua raiz religiosa, mas compreenda-a verdadeiramente livre de dogmas. Dado isso não sigo organizações não devo responsabilidades com qualquer ordem, já frequentei e fiz parte em outros momentos da minha vida a qual me desenvolveram grandemente no caminho da espiritualidade, mas atualmente busco no caminho do eremita. Nesse sentido, gosto de pensar que sou uma espécie de cristão não aos moldes da tradição, mas por convicção de meus próprios estudos. E dizendo isso eu realmente busco ser radical em minhas interpretações e cientifico suficiente para admitir o inverso do que já esta socialmente concebido. Assim minha senda espiritual é iniciática, não tendo vínculos com homens ou grupos, puramente individual mas com o todo ao mesmo tempo. É mais como uma consciência que depois de desperta não pude mais nega-la e que tenho que alimenta-la frequentemente, porque a fome dela é minha fome. Uso então do que está já posto na mística e esoterismo ocidental, e em matéria de ocultismo é natural que se englobe inúmeros símbolos de distintas culturas, importando de fato os seus arquétipos. 

9) Sol Rhui: Você acredita que o trabalho com o oraculismo também traz desafios e responsabilidades? 

Sim de fato, é difícil fazer leituras tristes e arranjar palavras. De inicio pode parecer inocente mas como todo terapeuta também precisa de terapia. Nesse sentido há um peso de fato de responsabilidade e compromisso com o trabalho oracular. As vezes numa leitura pode-se destruir um sonho ou levar a uma ilusão futura desagradável. 

10) Sol Rhui: O que você aconselharia para quem está começando no caminho espiritual, especialmente no trabalho com oráculos? 

Muita meditação em cada símbolo e significado de seu oraculo. Seja la qual escolheu, dedique diariamente pelo menos 1 hora de meditação em cima de cada símbolo, faça anotações, o importante é a familiarização com as ideias ou formas pensamento e acessar a vibração conseguindo construir a manifestação que se espera. Estudo e dedicação séria, não tomando isso como mero objeto de brincadeira, pois ele pode abalar psicologicamente pessoas despreparadas, afastando aqui qualquer ideia de bruxaria ou espiritismo, simplesmente por se inventar uma ideia e dize-la sem propriedade a alguém que já esta com o emocional debilitado. Então o Tarot é uma ciência complexa, apesar de parecer simples aos olhos de quem consulta, ela surpreende muitas vezes dias depois da consulta fazendo a pessoa ou torcer o nariz ou te procurar novamente. O ultimo conselho tem haver com isso, tente não se envolver emocionalmente, aqui a separação é ainda mais sutil é de espirito e sentimento... isso pode evitar que o futuro tarólogo pegue as causas dos outros para si mesmo, lembre-se dos limites e excessos das leis universais.

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Fernando Silva é graduado em Letras e História, espiritualista e tarólogo, e atualmente escreve e desenvolve o seu trabalho no site Espiritualidade para Nova Era (cujo link está na nossa lista de sites recomendados aqui no blog).

Sol Rhui & Fernando Silva

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